sábado, 31 de março de 2012

Pecaminoso domingo

A “Segunda” acordou contorcida, um pouco capenga. Olhou para o lado, e notou as pessoas caminhando na mesma direção, todos iguais, na mesma sintonia. Fez uma cara de desdém, e seguiu por outro caminho.
Estava descabelada, entorpecida, o suor do “Domingo” ainda pingava no seu corpo, misturando o seu cheiro, ainda com a mesma roupa. Queria ficar assim, lambuzada, inebriada, dividida.
Mas, não podia tinha que respeitar o implacável Sr “Tempo”. Teria que obedecer a sua ordem, colocar uma roupa formal e ir trabalhar.
E o pior, ainda tinha a tia “Terça”, para encher o saco. A não ser, que o “Domingo”, desce uma escapadinha para tomar um vinho no final da tarde

Mãe Natureza


Mãe Natureza, com todo o meu respeito/despeito.

A senhora é muito engraçadinha! Só porque, acordei com a gana de colocar um vestido vermelho curto da cor dos seus botões de rosa.
A senhora me mete um dia cinza deste. O que aconteceu? O pai Universo brigou com a senhora?
Desculpa o machismo fora de traje! Não faz parte do meu perfil.
Mas venhamos e convenhamos, ou é isto, ou a senhora, tá brincado comigo.
Bom, deixa prá lá! Foi apenas um desabafo deverás fútil.
Afinal o que um vestido vermelho, diante do seu botão de rosa?

FORMIGAS


Um vento friooo aquece a noite de São Paulo. Da janela observo pequenas formigas caminhando com trajetos definidos. No entanto, algumas fazem questão de fugirem das demais... E é exatamente nestes momentos que conseguem sentir o verdadeiro sabor do formigueiro.